Estilo de Alanis Guillen como Juma remete à nudez com roupa

Quem assiste ao “Pantanal” já percebeu que quase todo o figurino de Juma Marruá, vivida por Alanis Guillen vem em tons terrosos, quase se misturando com a paisagem do cenário onde a novela é rodada. E, claro, isso tem um propósito: se mimetizar com a natureza em que nasceu e sempre viveu, dando a impressão que é sua própria pele, como uma nudez com roupa.

Juma vivida por Alanis Guillen (Foto: TV Globo/João Miguel Júnior/Divulgação)
Juma vivida por Alanis Guillen (Foto: TV Globo/João Miguel Júnior/Divulgação)

A figurinista Marie Salles disse no material de divulgação da Globo sobre a novela que a personagem, que mais atrai a curiosidade do público, foi um desafio. “A Juma é uma pessoa que nunca viu nada. Ela não conhece nada, troca suas roupas na chalana, não tem dinheiro, não sabe o que é isso, o que é banco, televisão… Ela é bruta e tem uma energia bruta. Por isso, suas roupas são transparentes e são meio pôr do sol, meio rosa, meio nude. A sensação que vai dar é que ela está livre”, explicou Marie sobre a personagem.

Levi e Juma (Foto: TV Globo/João Miguel Júnior/Divulgação)
Levi e Juma (Foto: TV Globo/João Miguel Júnior/Divulgação)

Em sua conta no Instagram, Marie Salles reproduziu uma entrevista que deu à revista Marie Claire: “É realmente como se ela não estivesse vestida, porque é uma personagem muito crua e muito autêntica. Eu quis fazer de uma forma que aparentasse que ela não tem exatamente um figurino, porque é um nada”.

JUma e Jove (Foto: TV Globo/João Miguel Júnior/Divulgação)
JUma e Jove (Foto: TV Globo/João Miguel Júnior/Divulgação)

Não à toa as roupas que Juma usa surgem sempre em tons que variam entre bege, cinza marrom, com algumas nuances que rementem ao entardecer. Com exceção de quando foi ao Rio, em que a figurista revelou que quis imprimir uma pegada carioca à personagem, que usou um vestido verde da grife carioca Martu e a modelagem ampla é uma das tendências atuais.

Alanis Guillen como Juma (Foto: João Miguel Junior/Rede Globo/Divulgação)
Zaquieu (Silvero Pereira), Jove (Jesuita Barbosa) e Juma (Alanis Guillen) (Foto: João Miguel Junior/Rede Globo/Divulgação)

Triângulo amoroso

A personagem Juma está com sentimentos confusos em relação aos dois irmãos: Jove e José Lucas de Nada. Ela tenta entender o que sente, mas não foi preparada pela mãe Maria Marruá (vivida por Juliana Paes na primeira parte da novela) a enfrentar o amor. Alanis fala desse momento em que um triângulo amoroso está por acontecer revela o que Juma sente por José Lucas do Nada: “tensão sexual”.  Fala ainda da relação com Muda, do retorno do público à sua personagem, entre outras coisas. A entrevista foi publicada no site de imprensa a TV Globo. Confira:

O romance entre Jove e Juma tem um cenário bem peculiar. Houve alguma cena que tenha sido mais difícil gravar? 
Não consigo usar a palavra ‘difícil’, porque o processo tem nos envolvido tanto, que torna cada desafio uma descoberta deliciosa.
Durante a preparação e os ensaios, como foi o processo de imaginar um amor tão puro e inocente, e ao mesmo tempo tão profundo e verdadeiro?
O texto nos guia de forma espetacular, é uma dramaturgia das mais bem construídas. Tendo isso, fomos buscando algo que nos conectasse de forma única. A admiração e a curiosidade instigante um pelo outro inspira e aproxima.
A amizade entre Juma e Muda é algo muito bonito. Como foi criada essa relação?
Juma e Muda de fato desenvolvem uma relação de afeto muito grande uma pela outra. Quando a Muda revela a versão dela dos fatos sobre o que a levou ao Pantanal, num primeiro momento Juma se revolta, mas logo Muda vai destrinchando a história toda e Juma se permite ouvir o que Muda tem a dizer antes de fazer a própria justiça. E nessa escuta que elas descobrem não o perdão em si, mas sim a fonte causadora dessa tragédia. Descobrem o alvo em comum. Desde então, se iniciou um novo movimento na trama.
O que Juma sente por José Lucas de Nada?
Tensão sexual. José Lucas de Nada provoca desejo carnal. Já pelo Joventino ela sente amor. Só que Juma não entende o que é essa sensação que José Lucas a provoca, por isso ela se revolta. “Como posso amar Jove e desejar Ze Lucas?”
Como tem sido o retorno do público, nas ruas e na internet? 
O retorno tem sido de muito carinho e encantamento. E a maior e melhor surpresa é ver um público diverso, de todas as idades, lugares e tribos envolvidos com Pantanal.
Você tem conseguido se assistir?
Não perco um capítulo. Se perco eu vejo logo depois no Globoplay. E me divirto. Assisto como público e me envolvo igual.
O que mais gostou sobre gravar no Pantanal?
Digo que o Pantanal é um universo paralelo. O tempo lá é diferente, os sons, as cores, animais, calor. Foi muito bom poder voltar lá e gravar mais uma parte da novela. É um lugar onde não adianta criar expectativas porque lá somos sempre surpreendidos a cada momento.
Como enxerga a repercussão que a novela tem gerado?
Pantanal é uma novela que gera uma catarse muito forte em todos, uma obra que não aponta nada, mas que provoca. Nos desperta os sentimentos mais humanos e contraditórios.

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