Adriane Galisteu: “Sempre gostei de ser magra. Sou feliz assim”

Adriane Galisteu (Reprodução/Instagram)
Adriane Galisteu (Reprodução/Instagram)

A apresentadora Adriane Galisteu está com a agenda agitada mesmo sem sair de casa e em plena quarentena. Não para de ter projetos e de fazer lives. Aceitou fazer uma com o “Elas no Tapete Vermelho” me meio a outras duas, nesta quinta-feira (30). Sem papas na língua, contou como está sendo seu dia a dia de quarentena, falou sobre seu abdômen malhado, seu peso de 58Kg, mas que sua meta sempre é 56Kg, com 1,74 m de altura.

Diz também que não sabe mexer com cabelo e vai ficar com raiz e com os brancos até a quarentena acabar e que continua com seu ritmo de treino diário como antes do coronovírus. Falou o que come durante o dia, sobre sua paixão por chocolate e disse que até o fim da quarentena vai continuar fazendo com seu amigo e stylist Thidy Alvis, a ação “Rango do Bem”, distribuindo marmita todo domingo para moradores de rua. E confessou que se tivesse um poder mágico, a primeira coisa seria exterminar o coronavírus. “E depois, queria abraçar todo mundo”.

E completou: “Não tem idade. Gente mais nova, que conheço, muito saudável, esteve na UTI entubado e me falou que nunca teve tanto medo de morrer. Você pode ser saudável e o vírus te destruir. Pode ser mais velho e sair da UTI. Ok, o Brasil precisa voltar, precisa ver como faz a roda da economia andar, mas eu ainda sou a favor de preservar vidas.”

 

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Confira abaixo trechos da entrevista. Depois confira toda a live no link que está no final do texto.

Poder

“Queria ter o poder de exterminar esse vírus do mundo. Primeiro isso. E depois, queria abraçar todo mundo. A gente tem casa, comida, afago. Imagina quem não tem nada disso. Imagina estar vivendo esse inferno sem nada disso.”

Rango do Bem

“Vi no Instagram do Thidy Alvis, que ele estava preparando comida para distribuir para os moradores de rua. No primeiro dia, fez 30. Quis me juntar a ele e, com outros amigos, fizemos 50. No próximo domingo, vamos fazer 60 marmitas em casa. Escrevemos amor nela e vamos distribuir. Queria fazer 5 mil. Mas se o que sobrou der para fazer uma marmita, as pessoas têm que fazer, no lugar de guardar os restos na geladeira. Tem muita gente com fome. Faça a diferença, não tenha vergonha de dar uma doação, uma marmita.”

 

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Malhação

“É preciso malhar para manter a cabeça no lugar durante a quarentena. Se não tem como fazer, sobe e desce escada, num canto micro de sua casa.”

Magreza

“Para mim, o que importa é me olhar no espelho e estar feliz. Não importa se com a barriga chapada ou se estou flácida. Minha cabeça tem que estar bem. Sou uma mulher que sempre gostou de estar magra, me dá prazer. E coloco as fotos, porque para mim é importante. Me olhando no feed do Instagram, me organizo, vejo se corri ou não, se estou mais magra, se tenho que malhar mais o abdômen. É como um álbum de família.”

Aceitação e sororidade

“Estamos vivendo um momento, não só na quarentena, de sororidade, de empatia. É preciso aceitar o outro como ele realmente é. Se eu sou feliz magra, o que que muda para quem está vendo a gente agora. Se eu quero sair com uma mulher, o que que muda para você. Não muda nada. São julgamentos, única e exclusivamente. A gente compra barulho que não é nosso.”

Autoestima

“Nesta quarentena é o momento de a gente lutar para estar feliz, senão nossa autoestima pode ir pro pé, porque a gente não está se arrumando. Aproveite agora para fazer dieta, se quiser. Se quiser ganhar músculo, faça agora. Se quiser comer, come. Não existe regra, A única que existe é se olhar no espelho e se gostar. Eu me olho no espelho e se quero ficar mais magra, beleza. Isso não significa que você tem que ser assim. Nem que está certo, só significa que eu sou feliz assim.”

 

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Rotina

“Meu dia a dia normal, antes da quarentena, é acordar às 5h30, 5h20, no máximo, 5h40. Minha aula começa às 6h, 6h30, de segunda a sexta. Agora, durante a quarentena, não consigo acordar antes das 9h. Se acordar às 10h, 11h, sem problema. As aulas do Vittório, meu filho, começam às 9h. Ele acorda antes de mim. Vou malhar, volto, almoço. Minha roupa de ginástica tem sido meu uniforme em casa. Depois do almoço, vou para a faxina ou colo no Vittório, quando ele tem que fazer lição de casa, ler um livro. Nem cobro muito dele, porque em casa a gente perde o foco, Claro que prefere assistir televisão, ficar no tablete. Espero a hora de ler com ele. Quando acaba o Vittório, vou ver o Alexandre (Iódice, seu marido), que está organizando toda minha vida social, as lives. Se dá tempo, vou ler ou escrever, porque tem alguns projetos para quando passar a quarentena. Depois, vou deitar e ver notícias, mas só um pouco. Antes via toda hora, mas ficava estressada. Eu começo a ter todos os sintomas do coronavírus, tudo.”

 

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Biquíni Galisteu

Criei um biquíni com o Amir Slama, ainda na época da Rosa Chá. O segredo dele é que não tem elástico, por isso não divide a lateral, fazendo a gordura pular. Essa divisão da pele sempre me incomodou. Quando a moda era asa-delta, era melhor, porque alongava a perna, mas a modelagem desceu e ficou reta, com isso a divisão pirou. A mulher brasileira tem quadril. Pedi para o Amir não colocar elástico e deu certo. Uso até hoje (a calcinha criada há 20 anos está à venda até hoje nas lojas Amir Slama).

Maiô x biquíni

Gosto tanto de biquíni quanto maiô, mas o maiô só dá para usar no fim da tarde, com o tempo nublado, para não ficar aquela marca enorme na barriga. Toda vez que viajo, levo maiô, mas ele só vai e volta. Acho chique, bonito, mas não consigo usar. Uso mais biquíni e gosto do sutiã tomara que caia. Tenho pouco peito, falo que sou despeitada, isso me ajuda, porque a modelagem sem alças não deixa a marca das alcinhas.

Botox

Não sou adepta dessas tendências, sei que vou ter que fazer um dia: esticar, puxar, mas não agora. Tenho visto gente muito nova fazendo, de forma desnecessária. A pessoa vai botando boca com 20, 30 anos, quando chegar aos 60, vai ter duas salsichas no lugar dos lábios. Envelhecer faz parte, não vai ter como fugir das rugas, do cabelo branco. Não quero envelhecer como Brigite Bardot, mas também não quero julgar. Ela escolheu envelhecer do jeito que ela é. Não fez cirurgia plástica, nem intervenção. Vou ter que encarar uma cirurgia, não vai ter jeito. A hora certa de fazer é aquela em você se olha no espelho e não gosta do que vê. Não tem idade. A pessoa pode ter 60 anos e está amando o que vê no espelho. Ótimo, toca o barco. A hora certa é quando você começa a apagar a luz para namorar, começa a fugir do espelho. Quando eu perceber esse movimento em mim, é que eu não estou feliz comigo mesmo. Isso não significa que eu tenho algo contra quem faz tudo isso. Por enquanto, estou feliz comigo.

 

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Beleza em casa

Uso maquiagem quase todo dia, faço uma pele, um blush, bem leve, mas passaria esses produtos mesmo se não tivessem as lives. Tenho este hábito. Passo um colágeno em baixo, creme, protetor em volta dos olhos. E na hora que vou dormir, lavo o rosto muito bem e tiro toda a maquiagem, hidrato, passo todos os cremes possíveis. Gosto da minha pele com brilho, com viço. Tomo muito água, não líquido, água mesmo, sempre com pH alto, a partir de 9, que é a melhor

Creme

“Sou viciada em creme desde que não tinha um pau pra dar no gato. Eu fazia minha mãe comprar o creme que cabia no bolso dela. Ela comprava leite de aveia Davene, creme Monange, Água de Rosas. Usava Hipoglós com óleo Johnson misturados. Na gravidez, misturava óleo de amêndoa com Hipoglós. Faço isso até hoje, mas como enjoei do cheiro na gravidez, ainda não gosto de sentir esse cheiro. Tenho meus cremes importados, mas uso vários diferentes, como os manipulados que minha dermatologista Adriana Vilarinho me passa.

Comida

“Vou falar sobre minha rotina alimentar, mas isso não significa que está certo, porque não estudei, não sou nutricionista. Malho em jejum, gosto de ficar 12, 15, 16 horas em jejum. Levo água ou isotônico e faço tudo sem comer nada. Quando saio do treino, tomo um limão, como no ditado: ‘água, limão e gratidão’. Tomo minha proteína, mas sem exagero. No almoço como o que tem casa (hoje o Alexandre fez macarrão alho e óleo de comer de joelhos, comi dois pratos e fiquei com culpa); frango com salada ou arroz e feijão. Meu dilema começa à tarde. Tenho  tenho vontade de comer chocolate, tomar um negocinho, comer um brigadeiro. Mas procuro coisas para comer sem fazer tanto estrago. Por exemplo, uma porção de pipoca, sem manteiga e não a de microondas.É uma besteirinha que faz bem. Às vezes compro aquele chocolate 70% de cacau, que é uma alternativa. Só que o problema do chocolate 70% é que enquanto não acabar, eu não paro. Tem a hora da fruta. Hoje, por exemplo, não comi nada à tarde toda, vou comer uma fruta do conde, que eu adoro. Depois, vou jantar frango. Meu calcanhar de aquiles é a farofa. Eu amo, se alguém tiver uma receita boa, pode passar. Adoro farofa molhadinha. E durante o dia, vou tomando água o tempo todo.”

Altura e peso

“Tenho 1,74m e peso 58kg a 60kg, oscilo entre esses dois quilos para lá e para cá. Mas o peso que eu amo é ficar com 56kg, porque eu visto o 36 com folga, fotografa muito bem e na televisão fica ótimo. É difícil manter os 56kg. O problema, quando a gente começa a aumentar de peso, é deixar para lá, com o pensamento ‘já que está aumentando mesmo, deixa eu comer mais esse negocinho’. Quando vê, já mudou o número da roupa. Eu nunca comprei uma roupa maior. Quando não estou entrando na calça jeans, que sei que me veste bem, ponho outras roupas que me cabem, mas não compro a maior. Tem que controlar a boca. Vi uma reportagem que aumentou em 800% a venda de bebida alcoólica no Brasil com a quarentena. Para quem quer se manter na dieta, não dá para tomar bebida alcoólica.”

Fumo

“Eu fumei muito tempo da minha vida. Faz 7 anos que parei e foi a coisa mais importante que fiz na vida. Não foi só por causa da malhação, porque eu sempre malhei quando era fumante. É um vício horroroso. Você não controla o cigarro, é o cigarro que te controla. Fiz um método que chama “Easy Way to Stop Smoking”, do inglês Allen Car. No Brasil, o método foi trazido pelo psicólogo Alberto Steinberg e pela sua mulher (Lilian Brunstein). Aqui se chama: “Método Fácil de Parar de Fumar”. Tem um livro, mas para mim não adiantou. Fiz com o especialista no Brasil, numa imersão das 9h da manhã às 9h da noite. Para mim, um dia só deu certo, mas a pessoa que pagar o método pode fazer a imersão até três vezes pelo mesmo valor. Não foi fácil, mas consegui. Tem um momento que você não pode sucumbir, assim como qualquer vício que você tem na vida, seja ex-namorado, bebida, comida. Fumei durante a gravidez e me sentia péssima. Fumava três ou quatro cigarros por dia e falava como é que não consigo largar três cigarrinhos. Isso foi uma das coisas que me irritaram muito. Nunca ninguém pediu para que eu parasse de fumar. Eu mesma fiquei puta comigo. Eu pensava: ‘Já passei poucas e boas na vida, não é possível que eu não consiga largar um cigarro. Onde está meu problema.’ Fui ficando com raiva de mim mesmo. Consegui e hoje tenho tanto orgulho de mim. Fui fazer a “Dança dos Famosos” e não sabia dançar nada, mas pensava que se eu parei de fumar, nada me impedia de dançar também. Depois que parei de fumar, nunca falei não para mais nada. O método é muito bom até para não engordar. Ele te ajuda a não trocar o cigarro por outras coisas.”

 

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Mais filhos

“Se eu soubesse que era tão bom ter filho, que a minha vida se encheria, já teria tido uns três ou quatro. Minha vida tem um propósito. Eu nem sabia que tinha tanto amor para dar. Meu marido não quer. Mas eu queria, tanto que no ano passado eu até tentei fazer um estímulo. Fiz duas vezes e não rolou. Não foi inseminação. Isso me deixou um pouco deprimida, porque são muitos hormônios e para lidar, é um pouco complicado. Passou o fim do ano e veio a quarentena e não fiz mais. Praticando, estamos um pouco, então quem sabe naturalmente. Apesar de que naturalmente, acho difícil, então vou esperar passar a quarentena, para fazer mais uma tentativa.”

Cabelo, raízes, unhas

“Não estou fazendo raiz, não sei fazer escova, babyliss, nada. Eu só lavo e deixo. Tenho ajudinha de cremes, vários produtos para o cabelo. Se tiver que fazer um make, eu faço, mas se tiver que fazer um cabelão, não faço. Se tiver que fazer um cabelo chique, eu prendo e pronto. O meu cabelo solto, é esse de praia mesmo. Os cabelos brancos estão berrando, mas vou deixar até acabar a quarentena. Estão todos aí. Se durar a quarentena mais uns dois meses, vou continuar assim. Não vou fazer nem make, nem cabelo, nem unha, nada.

 

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Êêê saudade… Mamisss @emmakgalisteu 💋 #Tbt

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Proteção à família

“Não vou sair para fazer isso tudo ou colocar gente dentro de casa. Ninguém entra aqui. Tenho que proteger minha família, minha mãe, que está na casa dela e a gente se vê muito de vez em quando, com máscaras e toda a proteção.  Estou sentindo na pele o que é isso. Tem que se proteger (Suely Iódice, sogra de Galisteu, está internada com coronavírus há mais de um mês). E não tem idade. Gente mais nova, que conheço, muito saudável, esteve na UTI entubado e me falou que nunca teve tanto medo de morrer. Não tem nada a ver ser mais velho ou mais novo, depende do seu organismo. Você pode ser saudável e o vírus te destruir. Pode ser mais velha e sair da UTI. Ok, o Brasil precisa voltar, precisa ver como faz a roda da economia andar, mas eu ainda sou a favor de preservar vidas.”

Veja a entrevista completa abaixo

 

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