“Era aprovada, mas pediam para emagrecer”, conta top plus size

Quebrando padrões na moda e despontando na TV, a modelo plus size Nahuane Drumond conversou conversou com o “Elas no Tapete Vermelho”, sobre inicio de carreira e mercado plus size. ” Eu era sempre aprovada, mas depois de me aprovarem sempre pediam pra que eu emagrecesse com intuito de me tornarem uma modelo magra”, revelou.

Nahuane Drumond (Foto: Divulgação/Mix Models)
Nahuane Drumond (Foto: Divulgação/Mix Models)

A top estrelou, ao lado Mayara Russi, Fulvia Lacerda, Mica D Fuego e Elisa Fava, o reality show ‘Beleza GG’, do canal E! Entertainment, que celebra a autoaceitação e a diversidade e rompe com padrões de beleza excludentes. A terceira temporada do programa foi ao ar de novembro a dezembro de 2023.

Nahuane Drumond (Foto: Divulgação/Mix Models)
Nahuane Drumond (Foto: Divulgação/Mix Models)

No currículo, Nahuane reúne trabalhos para grifes poderosas, como Charlotte Tilbury, ASOS, Avon e O Boticário, desfiles na São Paulo Fashion Week, além de editoriais em publicações como Marie Claire e Cosmopolitan. A  modelo despontou sob a tutela da agente de modelos Deborah Neumann Branquinho e atualmente faz parte do time de apostas da MIX Models Agency, usando a atuação na moda e na TV para ampliar o espaço dado a modelos curve e plus size.

Nascida em São Paulo, a jovem de 25 anos contou ao “Elas” como começou na carreira e alguns “problemas” que viviu no mercado de trabalho. Confira trechos da entrevista da modelo, que passa férias em Fernando de Noronha e que já cruzou tapetes vermelhos, como o People’s Choice Awards, em episódio que foi mostrado no programa do E!.

Elas no Tapete Vermelho – Como você você resolveu se tornar modelo?

Nahuane Drumond – Antes de iniciar a carreira como modelo no mercado profissional, eu já tinha participado de várias pequenas seleções, pois entravam em contato comigo mostrando interesse em me agenciar. Eu era sempre aprovada, mas depois de me aprovarem sempre pediam pra que eu emagrecesse com intuito de me tornarem uma modelo magra. Mesmo nova, nunca senti uma necessidade de emagrecer, por mais dificuldades que eu enfrentava de bullying na escola, escassez para encontrar roupas joviais que servissem em mim e muitas outras coisas, eu ainda sim era feliz com o meu corpo, não era uma coisa que eu colocava como prioridade.

Elas no Tapete Vermelho – Mas você tinha o sonho de ser modelo?

Nahuane Drumond – Eu comecei a carreira de forma totalmente inusitada. Para ser bem sincera, nunca tive um sonho de ser modelo mesmo tendo feito as seleções de modelos. Como disse, era apenas um “por que não?”, já que as pessoas sempre diziam que eu deveria tentar ser modelo. Esse universo pra mim era muito distante, eu não via mulheres como eu em revistas, televisões, outdoor, eu não tinha em quem me espelhar para eu pensar que ‘sim, eu posso ser modelo’, ou ‘sim, eu posso sim ter o corpo que eu tenho e fazer sucesso como as outras meninas’.

Elas no Tapete Vermelho – Quantos anos você tinha quando começou na carreira?

Nahuane Drumond – Fui apresentada ao mercado plus-size ainda muito nova. Não fazia ideia do proporção que isso um dia tomaria. Iniciei minha carreira com apenas 17 anos, insegura, com vergonha de expor meu corpo, recebi muita ajuda e apoio de outras meninas do mercado plus para me encontrar naquele mundo novo em que eu estava entrando.

Elas no Tapete Vermelho – E agora, como se sente na profissão?

Nahuane Drumond – Anos de passaram, e agora não me imagino fazendo outra coisa. Amo minha profissão, amo o poder de conseguir de alguma forma ser inspiração para mulheres que como eu um dia sofri com insegurança, com vergonha, inibida com seu próprio corpo. Mostrar isso tudo para mulheres que, assim como eu, sofrem com uma população que ainda tem um grande preconceito e uma grande dificuldade de enxergar beleza em um corpo real.

Elas no Tapete Vermelho – Como você o mercado atual de moda para esse segmento?

Nahuane Drumond – O mercado tem crescido bastante, não tanto quanto deveria, mas estamos sendo vistas e ouvidas. Marcas estão cada vez mais sendo inclusivas com tamanhos maiores e a mídia cada vez mais mostra corpos reais e pessoas reais. Ver esse crescimento me deixa muito feliz. Ver que tudo em que eu e muitas outras modelos plus/curve estamos trabalhando está dando resultados, me enche o coração de felicidade e satisfação.

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