Estilista Issey Miyake morre aos 84 anos

O estilista japonês Issey Miyake morreu aos 84 anos, vítima de um câncer no fígado. Ficou famoso por seu estilo plissado de roupas que nunca amassam e também por produzir o icônico suéter preto de gola alta preta de Steve Jobs.

O estilista japonês Issey Miyake 1991 em Paris Foto: Pierre Guillaud/AFP/Arquivo
O estilista japonês Issey Miyake 1991 em Paris (Foto: Pierre Guillaud/AFP/Arquivo)

Steve Jobs fez amizade com Miyake no início dos anos 1980 e pediu que lhe fizesse alguns suéteres de gola alta preta. O estilista enviou “cem deles”, teria dito Jobs. “Eu tenho o suficiente para durar pelo resto da minha vida.” 

Steve Jobs (Foto: Lou Dematteis/Reuters)
Steve Jobs (Foto: Lou Dematteis/Reuters)

Miyake nasceu em Hiroshima. Tinha sete anos e estava numa sala de aula quando a bomba atômica foi lançada sobre a cidade. O estilista nunca foi de relembrar o ocorrido ou falar sobre sua experiência.

Depois de estudar design gráfico em uma universidade de arte de Tóquio, aprendeu design de moda em Paris. Trabalhou com os gigantes Guy Laroche e Hubert de Givenchy, antes de ir para Nova York. Em 1970, ele retornou a Tóquio e fundou o Miyake Design Studio.

Issey Miyake no desfile Outono-Inverno 1985/198 em Paris (Foto: Pierre Guillaud/AFP/Arquivo)
Issey Miyake no desfile Outono-Inverno 1985/198 em Paris (Foto: Pierre Guillaud/AFP/Arquivo)

No final da década de 1980, desenvolveu uma nova maneira de plissar envolvendo tecidos entre camadas de papel e colocando-os em uma prensa térmica. Testado por sua liberdade de movimento em dançarinos, isso levou ao desenvolvimento de sua linha de assinatura “Pleats, Please”.

Vestido e calça de Issey Miyake disponível na Farfetch (Foto: Farfetch.com/ divulgação)
Vestido e calça de Issey Miyake disponível na Farfetch (Foto: Farfetch.com/ divulgação)

Miyake desenvolveu mais de uma dúzia de linhas de moda que incluíam também bolsas, relógios e perfumes. Em 2016, quando perguntado sobre quais eram os desafios enfrentados pelos futuros designers, ele indicou ao jornal britânico “Guardian” que as pessoas provavelmente consumiriam menos, uma grande tendência de quem fazia roupa para durar. 

Colaboradores: Maythe Markowski e Rafaela Sonim

Leia Também

Você também pode gostar

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui