Os transportes públicos estão virando tendência entre as grifes para apresentarem suas coleções, mesmo que as consumidoras não costumem andar em trens e metrôs diariamente, com seus looks caros e chiques. Glória Coelho desfilou em um trem em movimento no último SPFW. E nesta terça-feira (2) foi a vez de Mathieu Blazy mostrar sua segunda coleção para a Chanel numa estação de metrô de Nova York.

O desfile Métiers d’Art foi criado em 2002 oor Karl Lagerfeld, para honrar o trabalho artesanal dos ateliês especializados, adquiridos e administrados pela grife. A coleção é apresentada uma vez por ano em lugares distintos do mundo, como China, Inglaterra, Senegal.
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Na plateia, Wagner Moura, que pediu dicas para Bruna Marquezine para saber como se comportar no desfile, se encontrou com o diretor de cinema Martin Scorsese e com o rapper A$AP Rocky. O marido de Rihanna estrelou vídeo pré-coleção ao lado da atriz Margaret Qualley, que teve o metrô também com cenário. “O metrô de Nova York pertence a todos. Todos o usam: estudantes e pessoas influentes, adolescentes e líderes respeitados. É um lugar repleto de encontros maravilhosos, com choque de arquétipos”, escreveu Blazy, justificando a coleção.

A coleção traz os famosos terninhos criados por Coco Chanel em estampas maximizadas, com manchas e animal print, numa mistura de tradição e apelo pop. Mathieu quer mostrar que as mulheres de Nova York, como super-heroínas, podem pegar Metrô com seu looks sofisticados. Teve também camisa branca, jeans, casacas, conjuntos leves (de seda).
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No filme entre Qualley e A$AP Rocky, ela está com uma jaqueta em xadrez madras azul, vermelho e branco, com detalhes franjados e calça azul. No vídeo, a moça interage com outros usuários do metrô, com roupas bem menos chiques. Aí, a principal crítica na escolha do local para mostrar a coleção. Ambos chegaram juntos ao desfile com o mesmo figurino do vídeo. “Pessoas que podem pagar a Chanel, mas vivendo uma vida normal, pegando metrô e indo para Brooklyn.. Tão romântico!!!”, escreveu uma internauta em tom de deboche.
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Independentemente das controvérsias, a coleção exibe vários códigos da Chanel. Além dos conjuntos de tweed, seus debruns e botões, não faltam o vestido preto, ornamentado com broches dourados, jaquetas de couro, pérolas. Entre as modelos, algumas brasileiras marcaram presença, como Luiza Perote, Ana Falconi, Erika Barletta e Mayne Filipak.
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Também estão presentes jaquetas com estampas diferentes dos desenhos das saias, vestidos longos azul-Klein, cor que promete ser hit em 2026, e outros modelos com saia ampla e detalhes em animal print. Silhuetas dos anos 1920, que remetem às melindrosas, com o vestido flapper (desfilado por Ana Falconi) marcaram presença, assim como plumas e estampas art decô (desfilado por Erika Barletta). Quem sabe um dia seja possível para os pobres mortais comprar Chanel para usar no dia a dia e ir ao trabalho de metrô. Em Nova Yorka talvez esse seja um sonho possível.
Veja algumas modelos brasileiras no desfile da Chanel




