Com celebridades internacionais e brasileiras na primeira fila, como Jenna Ortega, Jennifer Lawrence, Anya Taylor-Joy, Charlize Theron, Greta Lee, Rosália e Willow Smith, além das influenciadoras brasileiras Livia Nunes e Elisa Zarzur, Jonathan Anderson (ex-Loewe) estreou no prêt-à-porter da Dior, durante a semana de moda de Paris, substituindo Maria Grazia Chiuri.
A inspiração foi bem clara, remetendo ao passado da tradicional maison francesa e a alguns de seus estilistas, como John Galliano (1996–2011), Marc Bohan (1958–1989) e a própria Maria Grazia Chiuri (2016–2025). Na pirâmide invertida que ornamentava a passarela, imagens e filmes do passado da casa apareciam durante o desfile.
Isso não significa, porém, que o irrequieto Anderson ficou apenas no passado. Os looks, com laços, minissaias, plissados, trançados de fitas na barra, saia ampla, lembrando o New Look Dior, criado em 1947, vinham com um pé no futuro.
O estilista, por exemplo, revisitou o icônico Tailleur Bar, criado em 1947, com peças modernas, como blusa plissada e saia com pegada street.
O frescor da coleção apareceu também nos vestidos curtos, com saia armada, composta por pétalas, inspirados no tradicional vestido Junon, criado em 1949 por Christian Dior. Em 2023, no Festival de Cannes, Natalie Porter usou um vestido também inspirado no modelo.
“Ousar entrar na casa Dior exige empatia com sua história, disposição para decodificar sua linguagem, que faz parte do imaginário coletivo, e a determinação de colocar tudo isso em uma caixa”, afirmou Anderson no material de divulgação. “Não para apagá-la, mas para armazená-la, olhando para o futuro, retornando a pedaços, traços ou silhuetas inteiras de tempos em tempos, como revisitando memórias”, completou. O desfile foi extamente um retrato dessa ideia.
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