O segundo dia da 60ª edição do SPFW ainda está em ritmo tranquilo, com apenas três desfiles. O evento pega fogo mesmo a partir de quinta-feira, dia 16, quando a maioria das apresentações vai se concentrar no Pavilhão das Culturas Brasileiras, no Ibirapuera, chegando a ter oito num dia só. O evento termina dia 20 e terá 38 apresentações.
Mas as três grifes que mostraram sua coleção nesta terça-feira (16), em diferentes locais de São Paulo, desfilaram não só roupas, mas também ideias e deram shows de performance e criatividades.
Flavia Aranha iniciou o dia transportando a floresta para a avenida Paulista. Mostrou mais de 30 looks feitos com biomateriais, sementes, algas e látex da Amazônia em meio às árvores e ao som de cantos indígenas e de águas. Um oásis no meio do concreto.
Depois, a especialista em alta-costura de couro Patricia Viera voltou ao tempo e apresentou uma coleção inspirado em Londres dos anos 1970, com muitas flores, poás, xadrez tartã. O vestido final tinha mais de 50 mil miniflores aplicadas manualmente.
Do teatro do shopping Iguatemi, o SPFW foi deslocado para o Campo de Marte, na Zona Norte de São Paulo. Lá, um show com quatro paraquedistas pulando de um helicóptero deu início ao desfile da Forca Studio, que quer alçar novos voos, atingindo públicos de todas as idades. Teve mais de 50 looks de couro, tecidos leves e emborrachados se misturando em tons de marrom, preto, bege, verde, branco e off-white, provando que o básico abriga também modelagens amplas, recortes e estruturas, mas tudo com conforto. Relembre os desfiles:
Flavia Aranha
O parque Trianon foi palco do desfile de Flavia Aranha, que retornou ao SPFW após um tempo ausente. Sempre ligada à sustentabilidade, a estilista elevou à potência mil essa preocupação com a natureza e trouxe a moda para dentro da floresta.
Tem tecidos feitos a partir de algas misturados a fios de algodão, ou desenvolvidos com fibra amazônica da malva, além de capas de chuva de seda mescladas com látex natural. Não faltaram ainda sementes amazônicas e tingimentos naturais, com cascas, chás e corantes bacterianos e até de mandioca.
Patricia Viera
A carioca Patricia Viera, que faz uma verdadeira alta-costura com couro, voltou aos anos 1970, em Londres, onde começou sua carreira. A vibe flower-power deu o tom à apresentação no recém-inaugurado Teatro Iguatemi, no shopping do mesmo nome, parceiro do SPFW.
As estampas de flores desabrochavam nos vestidos, calças, saias, tops e camisas, até culminar no vestido longo com 50 mil pequenas flores coloridas, aplicadas por nove bordadeiras, em trabalho que demorou um mês para ser concluído.
Forca Studio
O desfile da Forca começou com show de paraquedismo, no Campo de Marte, região Norte de São Paulo. Depois, a apresentação com 50 looks, tendo Alinne Moraes e Vitória Strada como modelos.
Conforto é a palavra que guia o estilo da grife, com roupas de couro, emborrachadas, além de tecidos fluidos, que fazem um contraponto em looks com jaquetas estruturadas ao lado de saias e calças leves e amplas.
