Fabiana Milazzo é conhecida pelos seus ricos trabalhos manuais, de pedrarias e bordados, típicos da moda mineira. No desfile que apresentou no fim da tarde desta quinta-feira (7) na Casa Bontempo, em São Paulo, esse seu DNA esteve presente, mas, com a inspiração que trouxe em recente viagem ao Japão, não faltaram um certo minimalismo e referências orientais.

Com a presença de Isabeli Fontana na passarela, Vera Viel, Marjorie Estiano, a modelo Babi Beluco, a ex-miss Brasil Raissa Santana e Luiza Possi assistiram ao desfile na primeira fila. A coleção Sakura, inspirada no “hanani”, ritual japonês para contemplar a florada das cerejeiras, resultou em uma coleção de verão leve, em que tradição chega atualizada, com quimonos desconstruídos, e se une à tecnologia, com os vestidos feitos em tecido “líquid”, como o desfilado no final por Isabeli Fontana.

Aliás, a top model também abriu o desfile com um conjunto de saia e corset, construídos com fitas trançadas, resultando em tiras na barra da saia. O brilho e os bordados pontuaram a linda coleção, assim como as flores da cerejeira, que aparecem tanto em bordados de cristais, como o usado por Vera Viel na primeira fila e também desfilado, e ainda nos desenhos cortados a laser e aplicados em peças de linho como bordados.

Destaque para o vestido rosa com saia ampla e top ajustado, de onde saem flores em 3D, que simulam a florada das cerejeiras.

Foto: Marcelo Soubhia/ @agfotosite
Detalhes em 3D aparecem ainda na caligrafia japonesa “kanji” nas peças de couro trançadas com relevo, em inscrições que significam palavras como paz, amor etc. Surgem nas costas ou em cintos que funcionam como obis (faixas típicas de gueixas).

Os quimonos aparecem em detalhes, como nas golas de blazers, feitos com tapeçaria típica japonesa, em peças de couro, em vestidos.

Na maioria dos looks, com obis marcando a cintura, acompanhadas por cordões foscos ou brilhantes, realçando ainda mais a silhueta, em roupas mais informais ou de festa.

Além do linho, do couro e do tecido tecnológico italiano, com brilho fluido e que pode ser moldado de forma escultural, como visto nos looks finais, a coleção verão 2026 trouxe ainda jeans, tecidos leves, aplicados como fitas dando volume, seda e pedrarias, oferecendo um leque de possibilidades que vão da moda urbana à festa com a mesma desenvoltura.

De qualquer forma, a estilista mineira não abre mão dos trabalhos manuais, como nesse vestido dourado (acima), totalmente feito à mão, que demorou um mês para ser confeccionado.

Vestido com desenhos delicados de flores de cerejeiras, com tiras pensadas a partir de um quimono descontruído.
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