Com quatro desfiles, o primeiro dia da 56º edição da Casa de Criadores, que acontece até domingo (27), no Centro Cultural São Paulo, veio com estreias, retornos de estilistas, tops veteranas, modelos plus size, volumes, upcycling, muito preto, peles totalmente cobertas, transparência, numa paleta que abrange diversidade de corpos e estilos.

Nas maquiagens, desde as mais básicas, tendência que já apareceu até nos desfiles de alta-costura, a produções poderosas, como as feitas com cristais aplicados nos olhos e na boca, além de bocas em evidência, com batons vermelhos e rosa. A maquiadora Maxi Weber é a responsável pela direção de beleza do evento e levou para assinar alguns desfiles ex-alunos de seus cursos de maquiagem profissional, como Carol Renovato, que fez a make de Lucas Caslú.
Fábia Berczek

O evento começou com o retorno de Fábia Berczek, após oito anos afastada das passarelas.

A também artista apostou na moda circular, trabalhando com moletons, jeans e vestidos, que recebiam pinturas em estilo grafite, bem dentro da proposta streetwear, incluindo modelagens largas, com rasgados, combinando com sapatos de salto alto e metalizados.

Destaque para as peças pintadas com desenhos de rosto. O rosa e o cinza foi a cor mais vista nas criações de Fábia.
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Ken-Gá

Já a Ken-Gá, que tem como diretoras criativas Lívia Barros e Janaína Azevedo, apostou na sensualidade, em looks pretos, ora com volumes ora com muita pele à mostra, por meio de transparências.

Uma modelo plus size abriu a apresentação, com biquíni de listras pretas e fundo transparente, levando um boá preto volumoso nas costas, que deixou no meio da passarela, enfatizando suas curvas.

Destaque para as várias os looks pretos em texturas variadas, do brilho ao fosco. A marca também levou muito animal print, para homens e mulheres, em suas peças de moda praia, com recortes e pele à vista, além de luvas poderosas.
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Lucas Caslú

O estreante no line-up principal Lucas Caslú não deu margem ao minimalismo, criando looks volumosos, com retalhos de jeans, tecidos estampados sobrepostos, algodões off-white, além de peças feitas em patchwork.

O estilista goiano, vencedor do Desafio Sou de Algodão em dezembro de 2024, tendo como inspiração sua própria trajetória, revistando croquis antigos, experimentações e peças já criadas.

O resultado foi maximalismo puro, incluindo o look feito de tiras de jeans, que cobria todo o corpo do modelo.

Aliás, muitos deles vinham com as caras cobertas por máscaras ou traziam maquiagem impactante, como os cristais nos olhos, bocas e sobrancelhas, assinada por carol Renovato.
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Alê Brito

O estlista Alê Brito tem experiência, expertise e história para contar. Na coleção que finalizou o primeiro dia da Casa de Criadores, o profissional, que trabalhou quase três anos na equipe de estilo da Alexander McQueen e dois na da Ginger, marca de Marina Ruy Barbosa, levou para a passarela uma moda inspirada no seu inconsciente, na sua mente, com sua alfaiataria bem feita, com reminiscências de sua coleção passada, inspirada na era vitoriana.

Assim, o resultado na passarela, que contou com a presença de tops veteranas, como Claudia Liz, Marina Dias, Carol Franschini e Vivi Orth, veio com ancas e corsets, longos com estruturas que lembram arquitetônicas e esculturais, formas geométricas e pregueados que moldavam a silhueta extremamente feminina.

A coleção foi produzida em parceria com o Studio 115. As peças apresentadas são únicas, mas serão aceitas encomendas sob medida.

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