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Westwood: morte não acaba com décadas de transgressão fashion

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Vivienne Westwood (Foto: Juergen Teller/Reprpdução/Instagram/@vivennewestwood)

Vivienne Westwood foi transgressora até em sua morte: resolveu morrer no mesmo dia de Pelé. O dia 29 de dezembro ficará na memória de todos como a passagem do Rei Pelé, a entidade que transcende a vida e os atos do humano Edson Arantes do Nascimento. Na memória do mundo fashion e da contracultura da moda, a estilista inglesa, que se foi aos 81, também se manterá viva.

Vivienne Westwood (Foto: Juergen Teller/Reprpdução/Instagram/@vivennewestwood)
Vivienne Westwood (Foto: Juergen Teller/Reprpdução/Instagram/@vivennewestwood)

Sua morte não levará embora décadas e décadas de transgressão, desde que abriu sua primeira loja, ao lado do ex-marido Malcolm McLaren, que vendia discos e roupas lá pelos idos de 1971, a Let It Rock. E depois de vários outros nomes, a loja passou a se chamar Sex, dando origem ao nome Sex Pistols, a banda punk, cujo marido era o produtor. E aí surgiu, com grande influência de Vivienne, já que vestia essa e outras bandas, a estética punk, com seus alfinetes, tachas, vinil e cabelos espetados.

E continuam se misturando nas tendências atuais de vários outros estilistas e, inclusive de suas últimas coleções. As modelagens cheias de tecidos nas saias e corsets, assim como os sapatos de plataformas e saltos altíssimos, chegando a mais de 20 cm, lançados nos anos 1990, e que levaram a top model Naomi Campbell a cair na passarela, voltaram à moda e estão entre as principais tendências de hoje.

Mas em 2008, dois fatos fizeram com que o nome de Vivienne Westwood fosse levado ao que hoje podemos chamar de “trend topics”. O vestido de noiva que Carrie Bradshow usou em “Sex in The City” e que foi visto em foto recente do segundo filme “And Just Like That”, um spin off da série que marcou os anos 2000. O perfil oficial dedicado ao figurino do filme publicou nesta quinta-feira (29) um foto em homenagem à estilista com a personagem vestindo a peça (acima). O vestido fez tanto sucesso que no ano seguinte foi relançado e se tornou responsável por 20% das vendas da marca naquele ano.

A leitura do modelo Mary Jane em plástico na coleção em parceria com a Melissa (Foto: Divulgação)

Outro fato marcante de 2008 foi o lançamento da coleção em parceria com a marca brasileira Melissa. Chamada Anglomania, com referência aos anos 1950, foi um estrondo de vendas. Os dois primeiros modelos foram o Mary Jane, uma releitura de um de seus clássicos, além do modelo peep toe com tira atrás, com seu logotipo de coração na frente. Para o lançamento, Vivienne veio ao Brasil e deu uma entrevista coletiva aos jornalistas durante o SPFW, em que, como sempre à frente de seu tempo, fez um discurso anticonsumo. Na ocasião, disse que preferia produzir menos e fazer bem, criticando principalmente o fast fashion. A defesa do meio ambiente, aliás, esteve sempre presente nas criações e na vida de Vivienne.

Naomi Campbell e o tombo com o sapato altíssimo (Foto: Reprodução/Instagram/@naomicampbell)

Na época, uma exposição com 100 sapatos criados por ela foi apresentada no Pavilhão do Ibirapuera, onde acontecida o SPFW, incluindo as botas estilo pirata, da sua primeira coleção, e o sapato que derrubou Naomi Campbell. Aliás, uma releitura da peça também foi criada em collab com a Louis Vuitton e seu tradicional logotipo em 1996.

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