Rio Moda Rio: de tapete vermelho a básicos perfeitos

O primeiro dia de desfiles do Rio Moda Rio foi de opostos: roupas de festas e roupas básicas. Em comum, todas magnificamente elaboradas, passando pelo primoroso trabalho em couro de Patricia Viera. Os estreantes Guto Carvalhoneto e Martu mostraram o que sabem fazer de melhor. O primeiro com sua roupa básica, partindo de camisas brancas e algodão, e a segunda, com seus vestidos de tapete vermelho para celebridade nenhuma botar defeito. E Lino Villaventura, que mostrou seu terceiro desfile no ano, agora inspirado no movimento que lembra o Rio de Janeiro. Confira um resumo das coleções:

Patricia Vierapatricia viera_moda_riomodario_agnewsPatricia Viera criou mosaicos e vazados de couro, dando continuidade à inspiração latina e acrescentando elementos lúdicos e inspirados na obra do artista plástico Paulo Werneck. O lúdico fica por conta dos joguinhos de encaixar de sua neta Alix, de 10 meses, representados em flores com pétalas montadas uma a uma (vestido amarelo). A latinidade vem pelas cores e pelas formas sensuais. Os mosaicos de Werneck aparecem em tons como azul, branco e preto. De resto, a excelência na construção de peças em couros, como se fossem obras de arte.

Martu

martu_riomodario_moda_agnews Vai a uma festa ou a um casamento e está em dúvida sobre o que usar? Que tal dar uma espiada nas propostas da Martu, da estilista Marta Macedo. Criadora de peças dignas de tapetes vermelhos, a carioca subverte a ordem de monocromia ou cauda tipo sereia para trazer peças ricamente bordadas e amplas, com um pé no moderno: estampas, listras, tie dye animam qualquer festa.

Lino Villaventura

lino villaventura_ moda_agnewsO estilista desfilou em Minas Gerais, em São Paulo e agora no Rio. E em todos, ele faz o que sabe fazer melhor, sempre, como as nervuras, o moulage, os bordados que podem parecer iguais, mas são diferentes. Agora vem com botas amarradas em faixas que acabam se transformando em leggings. Tudo combinado com vestidos e túnicas assimétricas. Sensuais e para festas, ou não. Lino sempre Lin(d)o.

Guto Carvalhoneto

guto carvalhoneto_ agnewsMais do que um desfile, uma performance. Mais do que uma estreia, uma lição. O baiano Guto Carvalhoneto estreou nas passarelas numa apresentação demorada para os padrões de desfiles, mas oferecendo um espetáculo de linhas secas e despojadas, trazendo o Sertão de onde veio a partir de uma ode às camisas de algodão. No começo, um curta-metragem dirigido por ele com a cantora Carô Renno fazendo um extraterrestre que caiu na terra sem roupa e descobriu as camisas brancas. A moça de 32 anos tem alopécia universallis, uma rara condição que a impede de ter pêlos em todo o corpo. Ela abriu e fechou o desfile, que tinha como “cortina” camisas brancas gigantes. Variações da peças foram propostas, assim como saias, blusas, vestidos brancos e pretos em linhas retas, básicas, com detalhes aqui e ali, como as calças mais largas presas por pregadores de roupas. Depois, uma espécie de pastora com saia cheia de sinos e cajado entra numa atitude teatral, para ser seguida por roupas com bordados perfeitos e corte impecável. Uma transparência aqui, como o vestido usado por Renata Kuerten (à esquerda na foto) e seios à mostra também pontuaram a coleção.

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Carô Renno abriu o desfile de Guto Carvalhoneto

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